segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Reflexo ritalina
O reflexo de si mesmo é uma constante mudança inédita que se repete, inúmeras vezes, pois só na auto-imagem é possível enxergar o vazio em pele, a angústia em carne.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
As crônicas de Nina
Largada numa cadeira qualquer ela chora, e chora, porque perdeu o amor. Este sumiu de seu peito, sem avisar, deixando-o assim: como um depósito de mágoas recentes, doloridas.
E agora o que cabe entre seus dedos são os cigarros e não mais outros dedos.
E agora a única coisa que cabe dentro dela é o vazio triste, cansado.
Deveria existir um relógio biológico nos alertando do fim, ela pensa, se fosse como esquentar comida no microondas seria mais fácil. Apitou, acabou.
Mas não é. Ela se ajeita na cadeira e entende: todos os amores vão parecer únicos, imperdíveis, todas as juras vão parecer eternas e todos os términos insuperáveis.
Todas as vezes vai ser como a primeira vez.
A relação amorosa é formada de duas ou mais pessoas sádicas afim de se divertir, ela conclui enquanto acende mais um cigarro.
E agora o que cabe entre seus dedos são os cigarros e não mais outros dedos.
E agora a única coisa que cabe dentro dela é o vazio triste, cansado.
Deveria existir um relógio biológico nos alertando do fim, ela pensa, se fosse como esquentar comida no microondas seria mais fácil. Apitou, acabou.
Mas não é. Ela se ajeita na cadeira e entende: todos os amores vão parecer únicos, imperdíveis, todas as juras vão parecer eternas e todos os términos insuperáveis.
Todas as vezes vai ser como a primeira vez.
A relação amorosa é formada de duas ou mais pessoas sádicas afim de se divertir, ela conclui enquanto acende mais um cigarro.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Platônico.
Relação estreita, controle crônico.
Demasiadas projeções solitárias. Platônico. Auto-suficiente. Doentio. Doloroso. Não correspondido.
Renata F.
Platônico.
Relação restrita. eu e meu admirar astronômico.
Demasiadas reflexões solitárias de minha estrela. Platônico. Auto-dependente. Doativo. Passivo. Amar e não esperar nada em troca. Troca de carinho? Aqui estou sozinho...
Sara Mic.
Demasiadas projeções solitárias. Platônico. Auto-suficiente. Doentio. Doloroso. Não correspondido.
Renata F.
Platônico.
Relação restrita. eu e meu admirar astronômico.
Demasiadas reflexões solitárias de minha estrela. Platônico. Auto-dependente. Doativo. Passivo. Amar e não esperar nada em troca. Troca de carinho? Aqui estou sozinho...
Sara Mic.
Inspiração
Em meio a rasgos e rabiscos
Destile prazer por entre os poros,
Até que o sentido se funda na emoção, na embriaguez da saliva, da carne, da inspiração do teu sexo.
Destile prazer por entre os poros,
Até que o sentido se funda na emoção, na embriaguez da saliva, da carne, da inspiração do teu sexo.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
De momento em movimento
Eu finjo, fujo e minto
Tentando ser metade daquilo que sinto
Quero, sério, sem hora pra acabar
Mas a sobriedade paira no ar
Do seu prazer, faço o meu
Da sua boca, a carne necessária
Do êxtase, seus gemidos
De momento em movimento
Cada toque é percebido,
Lembrado, repitido
De novo e de novo e de novo (...)
Tentando ser metade daquilo que sinto
Quero, sério, sem hora pra acabar
Mas a sobriedade paira no ar
Do seu prazer, faço o meu
Da sua boca, a carne necessária
Do êxtase, seus gemidos
De momento em movimento
Cada toque é percebido,
Lembrado, repitido
De novo e de novo e de novo (...)
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Passado.
Uma lágrima escorre, completamente sozinha, destilando rancor em cada poro que passa.
O poderia ter sido já não existe mais, só há então o que ficou e o que ficou, ficou pra trás.
O poderia ter sido já não existe mais, só há então o que ficou e o que ficou, ficou pra trás.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Viva o meio-sorriso que não sai da sua face, viva todo o esforço feito para não parecer vulnerável.
Mas me desculpe, eu não passo fome.
Me lambuzo do fundo do poço, com o que posso e espero que o dia amanheça de novo.
Me alimento do momento mas não me supro com o superficial, com o carnal.
Eu quero o contato de almas, quero descer do ceu até o inferno sem nenhuma parada no meio-termo. Do quente ao frio sem nem passar pelo morno.
Doses homeopáticas de realidade é suicídio diário. O conveniente já não me satisfaz, mas a verdade quando liberta alguém destrói outrém.
Soque verdades por minha goela a baixo. Eu aguento.
Mas me desculpe, eu não passo fome.
Me lambuzo do fundo do poço, com o que posso e espero que o dia amanheça de novo.
Me alimento do momento mas não me supro com o superficial, com o carnal.
Eu quero o contato de almas, quero descer do ceu até o inferno sem nenhuma parada no meio-termo. Do quente ao frio sem nem passar pelo morno.
Doses homeopáticas de realidade é suicídio diário. O conveniente já não me satisfaz, mas a verdade quando liberta alguém destrói outrém.
Soque verdades por minha goela a baixo. Eu aguento.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
terça-feira, 5 de outubro de 2010
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Apaixonar-se, entregar-se, entreter-se, desintegrar-se num sentimento de vazio até o amanhecer, que proporciona espaço para acontecer tudo outra vez.
Para se apaixonar bastam apenas 30 segundos, dizem. Mas bárbaro mesmo é a facilidade em se expor, em ficar vulnerável diante de outrém, em viver a intensidade que se sente, sem joguinhos de bem-me-quer-mal-me-quer.
Porém, é equívocado dizer que o amor é instantâneo também, afinal, este realmente é um processo, é familiar, é quente e úmido, enquanto a paixão, apesar de deliciosa, é só amor de pica.
Para se apaixonar bastam apenas 30 segundos, dizem. Mas bárbaro mesmo é a facilidade em se expor, em ficar vulnerável diante de outrém, em viver a intensidade que se sente, sem joguinhos de bem-me-quer-mal-me-quer.
Porém, é equívocado dizer que o amor é instantâneo também, afinal, este realmente é um processo, é familiar, é quente e úmido, enquanto a paixão, apesar de deliciosa, é só amor de pica.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Sorriso Amarelo
"- Pra você entender, eu vou dizer mais uma vez
Não vai ser com mil carícias que eu vou me escorrer
Levando em consideração nosso amor sem pudor
Que vez em sempre, sempre em frente
Esperando por você
Meu sorriso amarelo
Sou um cínico sincero
Eu não me entrego
Não me rendo, eu não presto
Só me empresto
Pra você saber e não querer mais uma vez
Não vai ser com cem chantagens que eu vou te ceder
Tua alma e o coração
Minha pele, meu tesão
Que vez em sempre, sempre demente
Ligando pra você
Meu sorriso amarelo
Sou um cínico sincero
Eu não me entrego
Não me rendo, eu não presto
Só me empresto
Eu poderia te encher de flores
E te beijar até curar suas dores
Eu daria paz a tua guerra
O que você espera?" (8)
Tuia e os transmissores.
Não vai ser com mil carícias que eu vou me escorrer
Levando em consideração nosso amor sem pudor
Que vez em sempre, sempre em frente
Esperando por você
Meu sorriso amarelo
Sou um cínico sincero
Eu não me entrego
Não me rendo, eu não presto
Só me empresto
Pra você saber e não querer mais uma vez
Não vai ser com cem chantagens que eu vou te ceder
Tua alma e o coração
Minha pele, meu tesão
Que vez em sempre, sempre demente
Ligando pra você
Meu sorriso amarelo
Sou um cínico sincero
Eu não me entrego
Não me rendo, eu não presto
Só me empresto
Eu poderia te encher de flores
E te beijar até curar suas dores
Eu daria paz a tua guerra
O que você espera?" (8)
Tuia e os transmissores.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Mulherzinha
A intensidade ela tenta de qualquer maneira evitar,
e com superfluidades ela se abastece, se supre até que o conveniente diga chega.
Ao olhar-se no espelho ela só consegue ver uma caricatura,
um personagem moldado conforme a sociedade planeja: oco, com um sorriso no rosto.
Não fume, beba socialmente, remédio é coisa de louco, não sinta, não pense.
Ela, uma falsa à paisana, cujos segredos corroem a alma, tanto quanto os da puta, do cafetão, do bandido.
Ela, uma embalagem que engana.
e com superfluidades ela se abastece, se supre até que o conveniente diga chega.
Ao olhar-se no espelho ela só consegue ver uma caricatura,
um personagem moldado conforme a sociedade planeja: oco, com um sorriso no rosto.
Não fume, beba socialmente, remédio é coisa de louco, não sinta, não pense.
Ela, uma falsa à paisana, cujos segredos corroem a alma, tanto quanto os da puta, do cafetão, do bandido.
Ela, uma embalagem que engana.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Das coisas mais bonitas, das que mais tocam minh'alma... Dos pensamentos que disparam e escorrem por entre meus dedos e gritam perante minhas entranhas, não sei quem sou.
Em mim há o humano e o surreal.
Há poesia e realidade mórbida insistente.
Há o prazer e o medo, em contradições exageradas daquele que vive em demasia, e morre todos os dias.
Renata F
Em mim há o humano e o surreal.
Há poesia e realidade mórbida insistente.
Há o prazer e o medo, em contradições exageradas daquele que vive em demasia, e morre todos os dias.
Renata F
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
demasiada. saturada. enjoada.
em toda linguagem, só o nome dela.
em toda tradução, só ela.
a escrita é para ela, e os versos que tentam omitir, enganam-se e me deixam cara-a-cara com a verdade que não posso negar.
mal-feito como o todo, já não me preocupa, já me submeti, já dei tudo de mim
e o que resta são as palavras não ditas.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Para ela, por entre as horas.
Ela abandonou os calmantes que a mantinham sóbria e admitiu para si mesma: cada poro do seu corpo sente falta dela, e seu bom-senso se esvai na necessidade de sentir.
Por quantas horas arrastadas ela ainda terá que passar? Todas as cores na rua, todos os timbres, todos os tons a fazem lembrar do que já foi, e ela sente saudades até do que poderia ser, ou ter sido.
E ela é só o respirar, lento, com tosse, embalado numa noite entediada.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Todas as vezes ela se entrega e se sente mais barata do que deveria.
Jazia o orgulho. Só sobrara a necessidade de se suprir com o pouco que lhe é oferecido.
E o mecanismo que fora criado para abafar a culpa não pode abafar a dor do dia seguinte... E ela caminha pela vida com restos de outrém.
Mas de alguma forma sádica isso a faz se sentir mais viva, e como num transe frenético de auto-mutilações ela procura por isso, e se alimenta disso.
E apesar de máscaras sociais encaixarem perfeitamente em sua face durante o dia, quando madrugada adentro, ela delira na busca de se ferir novamente; torturando-se psicológicamente, como só ela sabe fazer consigo mesma. Ela está com saudades. Sempre esteve, mas a sua dificuldade em aceitar sua própria vulnerabilidade a impediram de ver.
Todo o seu corpo vibra na lembrança do contato numa intensidade que a faz perder a razão e só recobrá-la no arrependimento da manhã seguinte. E por mais irônico que possa parecer, esse sofrimento é sua zona de conforto, seu refúgio, a única coisa que sobrou dele e que se esvai por entre seus dedos, pelo tempo, causando-lhe angústia só em pensar que quando não houver mais um amor não correspondido para ocupar sua mente, ela terá que pensar em si mesma, naquele cigarro queimando num cinzeiro qualquer.
Jazia o orgulho. Só sobrara a necessidade de se suprir com o pouco que lhe é oferecido.
E o mecanismo que fora criado para abafar a culpa não pode abafar a dor do dia seguinte... E ela caminha pela vida com restos de outrém.
Mas de alguma forma sádica isso a faz se sentir mais viva, e como num transe frenético de auto-mutilações ela procura por isso, e se alimenta disso.
E apesar de máscaras sociais encaixarem perfeitamente em sua face durante o dia, quando madrugada adentro, ela delira na busca de se ferir novamente; torturando-se psicológicamente, como só ela sabe fazer consigo mesma. Ela está com saudades. Sempre esteve, mas a sua dificuldade em aceitar sua própria vulnerabilidade a impediram de ver.
Todo o seu corpo vibra na lembrança do contato numa intensidade que a faz perder a razão e só recobrá-la no arrependimento da manhã seguinte. E por mais irônico que possa parecer, esse sofrimento é sua zona de conforto, seu refúgio, a única coisa que sobrou dele e que se esvai por entre seus dedos, pelo tempo, causando-lhe angústia só em pensar que quando não houver mais um amor não correspondido para ocupar sua mente, ela terá que pensar em si mesma, naquele cigarro queimando num cinzeiro qualquer.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Tão incerto quanto a certeza do querer, ela se desmancha em pedaços toda vez.
Pega de surpresa, por um milhão de sentimentos, como num soco bom, ela cai e recai. E de novo, de novo, e de novo. Mas um olhar confuso não pode esconder um sorriso malicioso.
Surto. Ansiedade. Angústia. Tudo em sua corrente sanguínea, transmitida por uma única agulha, que ela sabe, pode matar.
Calmantes não poderão preenchê-la desta vez.
Talvez outra dose de vodka.
Que desce rasgando, mas o nó que está em sua garganta e o aperto em seu peito não a deixam sentir mais nada, fazendo com que ela sinta muito por sua vez.
Em meio a contradições surreais ela se sente vazia à flor da pele.
E não há confissão que possa aliviar sua culpa.
Pega de surpresa, por um milhão de sentimentos, como num soco bom, ela cai e recai. E de novo, de novo, e de novo. Mas um olhar confuso não pode esconder um sorriso malicioso.
Surto. Ansiedade. Angústia. Tudo em sua corrente sanguínea, transmitida por uma única agulha, que ela sabe, pode matar.
Calmantes não poderão preenchê-la desta vez.
Talvez outra dose de vodka.
Que desce rasgando, mas o nó que está em sua garganta e o aperto em seu peito não a deixam sentir mais nada, fazendo com que ela sinta muito por sua vez.
Em meio a contradições surreais ela se sente vazia à flor da pele.
E não há confissão que possa aliviar sua culpa.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Não há mais o que fazer
nem o que pensar
tampouco escrever pode me ajudar a desabafar
hoje o faço como uma punheta obrigatória
e desabo na minha própria confusão
A hora passa, o tempo acaba comigo
e sem que eu possa acompanhá-lo
acabo me sentindo perdida segundos antes da realidade.
Será que vai chover?
banalidades já não me satisfazem
mas eu não posso permitir uma profundidade
eu tenho que viver muda, de olhos fechados e ouvidos tapados
na nova deficiência do ser, que fala, vê e ouve
mas finge que não.
nem o que pensar
tampouco escrever pode me ajudar a desabafar
hoje o faço como uma punheta obrigatória
e desabo na minha própria confusão
A hora passa, o tempo acaba comigo
e sem que eu possa acompanhá-lo
acabo me sentindo perdida segundos antes da realidade.
Será que vai chover?
banalidades já não me satisfazem
mas eu não posso permitir uma profundidade
eu tenho que viver muda, de olhos fechados e ouvidos tapados
na nova deficiência do ser, que fala, vê e ouve
mas finge que não.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
E ela é toda minha, e toda amada
E cada poro do corpo dela também é
E o formato de sua orelha, e a manchinha de catapora perto do nariz,
suas sardinhas do ombro, e sua cicatriz nas costas cheias de histórias pra contar.
Penetro nas tuas noites escuras, nas tuas entranhas com sede de conhecê-la.
Quero estudá-la e deixa-la nua e crua sob meus olhos.
Quero deixá-la vulnerável a todos os sentidos,
Noutra dimensão.
Porque ela me soa inteira familiar e me causa necessidade de expressão, me inspira.
E eu me sinto impotente e até penso em criar novas palavras e expressões que possam suprir essa demasia.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Sinto muito num duplo sentido.
Minha mente deixa a realidade confusa aos meus olhos.
Eu não sei mais onde está a linha tênue que divide os meus -demasiados- sentimentos da realidade.
É como se eu fosse uma eterna criança, dando importância àquelas pequenas coisas. Àquele riso, àqueles minutos de silêncio confortável num abraço apertado, como se eu estivesse descobrindo o mundo sempre.
Eu sinto muito, todos os sentidos e sentimentos tocam minh'alma.
É como se eu vivesse num eterno adeus, como se eu desse importância pra cada toque, tentasse memorizar o gosto do beijo pra guardá-los na memória.
Eu sinto muito, clichês tocam minh'alma.
E sempre que eu lembro do seu sorriso a poesia em mim flui, direto para os seus ouvidos cansados.
Eu sinto muito, minha carência talvez seja insolúvel.
E talvez, o meu interior, quando jogado nú e crú na realidade não faça sentido.
terça-feira, 25 de maio de 2010
27/10/2008
"...Desde que demos o primeiro beijo, início de tudo o mais. Até hoje, diante daquele momento, permaneço chocado. Fantasmagoricamente, de forma contínua, escutando o nome dela dentro de mim (...) E a língua portuguesa não agüenta mais a chateação dos meus versos repetidos, repetidos por ela, que tão docemente recebeu minha língua em sua boca, dando-me um gosto que um milhão de palavras não poderiam traduzir. Porque não há verbo, ou sinal, ou lirismo, que consiga expressar o estranho que foi, o desconforto que foi, saber: esse beijo é o meu beijo. Não me dando chance de esquecê-lo (...) Quando entrei naquele carro, já estava amando. Amando mesmo, com amor de verdade, não apenas paixão. Era eu a querendo, e imediatamente, e intensamente; e para ficar com ela, trepando ou não. Para sair com ela pelos lugares mais públicos, dizendo para todo o mundo: vocês estão vendo essa mulher? Heim? Estão vendo? Ela pode enlouquecer, engordar, emburrecer. Pode me desprezar, cuspir em mim e chamar meus livros de porcaria. Ela pode a puta que o pariu, que eu vou continuar sentindo a mesma coisa por ela: amor. Para todo o sempre, estaria louco por ela e morreria por ela, mesmo sabendo que dizer "todo o sempre" é errado e dizer "por ela" é feio. Por ela, escreveria mil livros inteiramente errados e feios. Só por ela. Porque ela sempre seria inteira linda, e nem isso importava. Ela já possuía o meu infinito amor, quando me sentei ao seu lado. Pois percebi que ela era minha. Minha. Louca ou não, burra ou não, linda ou não, magra ou não, grávida ou não. Eu a amava, como ainda a amo, e fodam-se todas as estatísticas que provam que isso não existe. Que o amor não nasce desse jeito, que não dura. E se um amor só pode ser especial assim se for triste, que eu morra. Ou tivesse morrido naqueles longos minutos..." - FY
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Carta pra ela.
Desde aquela noite esquecida em nossa memória, a química, a atração e a sintônia foram tensas e intensas. Rápido, forte, de novo. Não fora necessário esforço, fora empatia, magnetismo a primeira vista, e à medida que deixamos acontecer, aconteceu por si só.
Sinto-me mais bonita, mais feliz, e proporcionalmente mais insegura, devido ao fato não querer perder aquilo que causa o melhor em mim, que me completa.
É pelo seu cheiro, pelo seu gosto, pelo seu toque, é pela paz de estar ao seu lado e pelo tormento que provoca em mim. Sentidos e sentimentos ficam à flor da pele; demasiadamente amor, demasiadamente dor; mas, ao estar envolta por seus braços percebo que tudo faz sentido e que já não me importa mais nada. Deixo então me envolver num balanço ao nosso ritmo, e, sem pressa, quero dançar com você até que a música acabe.
Amar-te-ei por toda a minha vida se me for permitido.
- Renata F
terça-feira, 11 de maio de 2010
Talvez
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Chance
Se perde de mim e pede de mim na volta..Meus sentimentos se contradizem com o meu bom senso assim como com a minha razão.
Meu bom senso diz para eu parar de tentar, já meus sentimentos me dizem para eu continuar, e a minha razão já não tão racional assim permanece confusa: há aquele instinto de preservação que a envolve, há o sentimento de mágoa que busca o de perdão, há a confiança abalada que busca acreditar, há então a esperança com medo de se machucar.
Mas há o saber de que a felicidade está ali, e que basta deixa-la entrar como um amanhecer em paz, e há aquilo que te faz andar: o amor, a vontade de tê-la e mais nada, sendo isso tudo por sua vez.
Renata F.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Silêncio.
Silêncio: é tudo o que eu tenho falado, é tudo o que eu tenho escutado, é tudo o que eu tenho pensado. Pessoas criando, pessoas repetindo o silêncio de outrém; esse silêncio, insuportável de tão barulhento, de tão penetrante, de tão desconfortante. Palavras não-ditas, rasgam a garganta, mais ainda do que palavras mal-ditas, mais ainda do que wiskhy com tristeza.
Renata F. [Texto meu, de quando eu tinha 13 anos.]
terça-feira, 4 de maio de 2010
Educação por linha
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Dizem que ser louco não é ser normal
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Noite escura
Sempre achei motivos para sorrir e se não os encontrava, inventava.
Mas ninguém sabe como dói, no fundo da minh'alma sorrir quando se quer gritar, se quer chorar até que sua mente se desintegre em lágrimas que escorrem, completamente sozinhas.
Se pudessem me ver por dentro: meu corpo dilacerado, cabeça doente e alma triste...
Ah, se pudessem enxergar meu desespero nas conversas fúteis do dia-a-dia.
Talvez assim pudessem me salvar de mim mesma.
Não sei se é um vício ou só um costume, mas a necessidade que sinto em ficar perto do que me faz mal é incontrolável, demasiada: como se a podridão me alimentasse, como se eu já não pudesse mais imaginar viver anestesiada de paz.
Eu já não consigo mais lutar, minhas forças: acabaram comigo.
Nessas horas, até mesmo em rimas clichês, um calmante se faz melhor amigo.
- Renata F.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Delírio
E girando, girando, girando. Era difícil encontrar um foco. Angústia. Delírio. Nada à sua volta além de cigarros e perdição. Vertigem. Náusea. Àquele gosto estranho na boca, porém já tão comum. A luz só era suficiente para enxergar sua decadência. Sua roupa estava rasgada e sua maquiagem já esquecida há muito. Quantos dias se passaram sem que ela tivesse percebido? O tempo só era notado quando a pressa de se ter mais a despertava. Ela matara a sede com vodka e já não havia mais ninguém. Já não havia mais diversão, só restavam os velhos hábitos.
Lexotan, Prozac, Diazepan, Ripnol,Rivotril.
A mais pura, a mais bela melancolia é tudo aquilo que toca sua alma. Corta, fere, geme... Sua realidade era irreal, sua necessidade era fatal. Ela perdera os sentidos, e o sentido da vida. E de novo, de novo, de novo.
Ciclo vicioso, viciante....Dor Alucinante entre as entranhas, tal que passa pelos seus joelhos e mãos trêmulas, pela sua garganta, que dilacerada, a faz gaguejar... O silêncio é quebrado pelo som penetrante que suas veias emitem... Gritam pedindo por mais. Não há como lutar, todos os poros do seu corpo clamam por isso e ela já está acabada há muito. Sua mente difusa vê uma estranha diante do espelho e o cigarro queimando conforme o tempo passa é a única lembrança da sua própria vida... Da sua eterna queimação pessoal.
Talvez ver um pouco de sangue a faça se sentir mais viva.
- Renata F.
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