quinta-feira, 27 de maio de 2010

Sinto muito num duplo sentido.


Minha mente deixa a realidade confusa aos meus olhos.
Eu não sei mais onde está a linha tênue que divide os meus -demasiados- sentimentos da realidade.
É como se eu fosse uma eterna criança, dando importância àquelas pequenas coisas. Àquele riso, àqueles minutos de silêncio confortável num abraço apertado, como se eu estivesse descobrindo o mundo sempre.

Eu sinto muito, todos os sentidos e sentimentos tocam minh'alma.
É como se eu vivesse num eterno adeus, como se eu desse importância pra cada toque, tentasse memorizar o gosto do beijo pra guardá-los na memória.
Eu sinto muito, clichês tocam minh'alma.
E sempre que eu lembro do seu sorriso a poesia em mim flui, direto para os seus ouvidos cansados.

Eu sinto muito, minha carência talvez seja insolúvel.
E talvez, o meu interior, quando jogado nú e crú na realidade não faça sentido.

terça-feira, 25 de maio de 2010

27/10/2008



"...Desde que demos o primeiro beijo, início de tudo o mais. Até hoje, diante daquele momento, permaneço chocado. Fantasmagoricamente, de forma contínua, escutando o nome dela dentro de mim (...) E a língua portuguesa não agüenta mais a chateação dos meus versos repetidos, repetidos por ela, que tão docemente recebeu minha língua em sua boca, dando-me um gosto que um milhão de palavras não poderiam traduzir. Porque não há verbo, ou sinal, ou lirismo, que consiga expressar o estranho que foi, o desconforto que foi, saber: esse beijo é o meu beijo. Não me dando chance de esquecê-lo (...) Quando entrei naquele carro, já estava amando. Amando mesmo, com amor de verdade, não apenas paixão. Era eu a querendo, e imediatamente, e intensamente; e para ficar com ela, trepando ou não. Para sair com ela pelos lugares mais públicos, dizendo para todo o mundo: vocês estão vendo essa mulher? Heim? Estão vendo? Ela pode enlouquecer, engordar, emburrecer. Pode me desprezar, cuspir em mim e chamar meus livros de porcaria. Ela pode a puta que o pariu, que eu vou continuar sentindo a mesma coisa por ela: amor. Para todo o sempre, estaria louco por ela e morreria por ela, mesmo sabendo que dizer "todo o sempre" é errado e dizer "por ela" é feio. Por ela, escreveria mil livros inteiramente errados e feios. Só por ela. Porque ela sempre seria inteira linda, e nem isso importava. Ela já possuía o meu infinito amor, quando me sentei ao seu lado. Pois percebi que ela era minha. Minha. Louca ou não, burra ou não, linda ou não, magra ou não, grávida ou não. Eu a amava, como ainda a amo, e fodam-se todas as estatísticas que provam que isso não existe. Que o amor não nasce desse jeito, que não dura. E se um amor só pode ser especial assim se for triste, que eu morra. Ou tivesse morrido naqueles longos minutos..." - FY

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Carta pra ela.






Desde aquela noite esquecida em nossa memória, a química, a atração e a sintônia foram tensas e intensas. Rápido, forte, de novo. Não fora necessário esforço, fora empatia, magnetismo a primeira vista, e à medida que deixamos acontecer, aconteceu por si só.
Sinto-me mais bonita, mais feliz, e proporcionalmente mais insegura, devido ao fato não querer perder aquilo que causa o melhor em mim, que me completa.
É pelo seu cheiro, pelo seu gosto, pelo seu toque, é pela paz de estar ao seu lado e pelo tormento que provoca em mim. Sentidos e sentimentos ficam à flor da pele; demasiadamente amor, demasiadamente dor; mas, ao estar envolta por seus braços percebo que tudo faz sentido e que já não me importa mais nada. Deixo então me envolver num balanço ao nosso ritmo, e, sem pressa, quero dançar com você até que a música acabe.


Amar-te-ei por toda a minha vida se me for permitido.


- Renata F

terça-feira, 11 de maio de 2010

Talvez


Você sabe que é amado, porque te falaram, mas saber-se amado e sentir-se amado tem uma distância tão grande, tão grande para a angústia instalar-se...

Talvez o que falta mesmo é amor próprio, sua psicóloga disse, e alguns remédios.

Renata F.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Chance


Se perde de mim e pede de mim na volta..Meus sentimentos se contradizem com o meu bom senso assim como com a minha razão.
Meu bom senso diz para eu parar de tentar, já meus sentimentos me dizem para eu continuar, e a minha razão já não tão racional assim permanece confusa: há aquele instinto de preservação que a envolve, há o sentimento de mágoa que busca o de perdão, há a confiança abalada que busca acreditar, há então a esperança com medo de se machucar.
Mas há o saber de que a felicidade está ali, e que basta deixa-la entrar como um amanhecer em paz, e há aquilo que te faz andar: o amor, a vontade de tê-la e mais nada, sendo isso tudo por sua vez.

Renata F.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Silêncio.


Silêncio: é tudo o que eu tenho falado, é tudo o que eu tenho escutado, é tudo o que eu tenho pensado. Pessoas criando, pessoas repetindo o silêncio de outrém; esse silêncio, insuportável de tão barulhento, de tão penetrante, de tão desconfortante. Palavras não-ditas, rasgam a garganta, mais ainda do que palavras mal-ditas, mais ainda do que wiskhy com tristeza.


Renata F. [Texto meu, de quando eu tinha 13 anos.]

terça-feira, 4 de maio de 2010

Educação por linha

ATENÇÃO quem segura as portas atrasa! A VIDA dos outros atrasa! E para quem a vida já está adiantada, adianta o lugar! não se esqueça, próxima estação paraíso...
- Sara Mic

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Dizem que ser louco não é ser normal


Dizem que ser louco não é ser normal, mas pra mim ser normal é ser plural...
Sem ser flexivel com as mordaças da "razão" a normalidade ja estaria extinta! Acredito que amizades, paixões platônicas e namoros também... Sara Mic