quinta-feira, 29 de abril de 2010

Noite escura


Sempre achei motivos para sorrir e se não os encontrava, inventava.
Mas ninguém sabe como dói, no fundo da minh'alma sorrir quando se quer gritar, se quer chorar até que sua mente se desintegre em lágrimas que escorrem, completamente sozinhas.
Se pudessem me ver por dentro: meu corpo dilacerado, cabeça doente e alma triste...
Ah, se pudessem enxergar meu desespero nas conversas fúteis do dia-a-dia.
Talvez assim pudessem me salvar de mim mesma.

Não sei se é um vício ou só um costume, mas a necessidade que sinto em ficar perto do que me faz mal é incontrolável, demasiada: como se a podridão me alimentasse, como se eu já não pudesse mais imaginar viver anestesiada de paz.

Eu já não consigo mais lutar, minhas forças: acabaram comigo.
Nessas horas, até mesmo em rimas clichês, um calmante se faz melhor amigo.



- Renata F.