sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Passado.

Uma lágrima escorre, completamente sozinha, destilando rancor em cada poro que passa.
O poderia ter sido já não existe mais, só há então o que ficou e o que ficou, ficou pra trás.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Viva o meio-sorriso que não sai da sua face, viva todo o esforço feito para não parecer vulnerável.
Mas me desculpe, eu não passo fome.
Me lambuzo do fundo do poço, com o que posso e espero que o dia amanheça de novo.
Me alimento do momento mas não me supro com o superficial, com o carnal.
Eu quero o contato de almas, quero descer do ceu até o inferno sem nenhuma parada no meio-termo. Do quente ao frio sem nem passar pelo morno.

Doses homeopáticas de realidade é suicídio diário. O conveniente já não me satisfaz, mas a verdade quando liberta alguém destrói outrém.
Soque verdades por minha goela a baixo. Eu aguento.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

"Com açúcar, com afeto", num afago discreto
Num intervalo de tempo incontável, incontrolável era a vontade de parar o relógio para que sempre fosse dia dentro daquele quarto.

Carne, ossos, boca, mãos escorridas em pele marcada, cada vez mais.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ela se abre pra dentro e pela primeira vez começa a enxergar toda a escuridão interior
Entre loucuras e devaneios
Entre aquelas pernas que se vão ao amanhecer
Lhe encanta a casualidade

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Apaixonar-se, entregar-se, entreter-se, desintegrar-se num sentimento de vazio até o amanhecer, que proporciona espaço para acontecer tudo outra vez.
Para se apaixonar bastam apenas 30 segundos, dizem. Mas bárbaro mesmo é a facilidade em se expor, em ficar vulnerável diante de outrém, em viver a intensidade que se sente, sem joguinhos de bem-me-quer-mal-me-quer.

Porém, é equívocado dizer que o amor é instantâneo também, afinal, este realmente é um processo, é familiar, é quente e úmido, enquanto a paixão, apesar de deliciosa, é só amor de pica.