segunda-feira, 23 de agosto de 2010

demasiada. saturada. enjoada.
em toda linguagem, só o nome dela.
em toda tradução, só ela.
a escrita é para ela, e os versos que tentam omitir, enganam-se e me deixam cara-a-cara com a verdade que não posso negar.

mal-feito como o todo, já não me preocupa, já me submeti, já dei tudo de mim
e o que resta são as palavras não ditas.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Para ela, por entre as horas.

Ela abandonou os calmantes que a mantinham sóbria e admitiu para si mesma: cada poro do seu corpo sente falta dela, e seu bom-senso se esvai na necessidade de sentir.

Por quantas horas arrastadas ela ainda terá que passar? Todas as cores na rua, todos os timbres, todos os tons a fazem lembrar do que já foi, e ela sente saudades até do que poderia ser, ou ter sido.


























E ela é só o respirar, lento, com tosse, embalado numa noite entediada.