quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sorriso Amarelo

"- Pra você entender, eu vou dizer mais uma vez
Não vai ser com mil carícias que eu vou me escorrer
Levando em consideração nosso amor sem pudor
Que vez em sempre, sempre em frente
Esperando por você
Meu sorriso amarelo
Sou um cínico sincero
Eu não me entrego
Não me rendo, eu não presto
Só me empresto
Pra você saber e não querer mais uma vez
Não vai ser com cem chantagens que eu vou te ceder
Tua alma e o coração
Minha pele, meu tesão
Que vez em sempre, sempre demente
Ligando pra você
Meu sorriso amarelo
Sou um cínico sincero
Eu não me entrego
Não me rendo, eu não presto
Só me empresto
Eu poderia te encher de flores
E te beijar até curar suas dores
Eu daria paz a tua guerra
O que você espera?" (8)

Tuia e os transmissores.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Mulherzinha

A intensidade ela tenta de qualquer maneira evitar,
e com superfluidades ela se abastece, se supre até que o conveniente diga chega.

Ao olhar-se no espelho ela só consegue ver uma caricatura,
um personagem moldado conforme a sociedade planeja: oco, com um sorriso no rosto.

Não fume, beba socialmente, remédio é coisa de louco, não sinta, não pense.

Ela, uma falsa à paisana, cujos segredos corroem a alma, tanto quanto os da puta, do cafetão, do bandido.
Ela, uma embalagem que engana.
Bonita. Interessante. Inteligente. Agradável. Sensível. Expressiva. Frenética. Obssessiva. Surtada. Desbocada. Largada com suas causas e manias.
Demasiada intensa para qualquer naturalidade justificar. Poético quando no papel, ou num quadro emoldurado porém em carne não há quem consiga lidar.
Me xingue
Cuspa na minha cara
Me bata
Me humilhe
Me odeie
Me odeie
Me odeie
Me deseje morta aos pés da cama
Me fale verdades sobre mim que eu não vá suportar
Verdades que vão fazer com que eu me suicide
Mas não me deixe aqui esperando uma reação
Me perguntando se é mero desdém ou não

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Das coisas mais bonitas, das que mais tocam minh'alma... Dos pensamentos que disparam e escorrem por entre meus dedos e gritam perante minhas entranhas, não sei quem sou.

Em mim há o humano e o surreal.
Há poesia e realidade mórbida insistente.
Há o prazer e o medo, em contradições exageradas daquele que vive em demasia, e morre todos os dias.

Renata F